Se a certeza fosse encurtar
os caminhos até você,
recuso então o certo
Pois passar por cada lágrima
cada sorriso desconfiado
cada pensamento desorientado
passar pelos olhares não correspondidos
pelas horas intermináveis de solidão
tão acompanhada de seu fantasma,
horas que só faziam aumentar o desejo
de estar junto
Passar pela lembrança
que confortava como brisa
e por aquela que destruía
como um temporal de verão
Passar por todas as músicas
todas a letras e melodias
que conversavam comigo
nos momentos que eu queria gritar
e não podia...
Passar pelos momentos em que gritei
em que soltei aos quatro ventos
o que sentia
Pateticamente às vezes... me expus
Passar por essa forma de gostar
clichê, piegas e tão minha
Por noites em claro
tentando de forma inútil
lembrar do gosto do beijo
do calor do abraço
de cada detalhe apaixonante
Passar pelos momentos de inspiração
de dedilhares incontrolados
que resultariam em um livro
Passar pelo desespero de já não
lembrar de sua face,
tentando caminhar ao contrário
fazer o tempo parar
O tempo, tão cruel
E aprender forçosamente
um sentido mais amplo
para o que sinto
é... o certo nem sempre faz jus a si
A certeza de que estaríamos aqui
impediria todas as minhas
experiências solitárias
Impediria a dúvida que me fez
questionar tantas vezes
tentando refutar, afastar
sem êxito a única certeza
que vale a pena ter:
a de que eu te amo...
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
sábado, 31 de julho de 2010
... achei isso perfeito
Ontem eu vi o sol brilhando
E as folhas das árvores estavam caindo suavemente
Minhas mãos frias precisavam de toque morno
É, eu estava pensando em você
Aqui estou eu, procurando por sinais de partida
Você me abraça, mas você realmente precisa de mim?
Acho que está na hora de eu deixar você ir
Mas eu estive pensando em você
E quando você navega através das águas oceânicas
E alcança o outro lado tão seguro
Eu entendo
Você poderia sorrir um pouco pra mim?
Porque eu estive pensando em você
E as folhas das árvores estavam caindo suavemente
Minhas mãos frias precisavam de toque morno
É, eu estava pensando em você
Aqui estou eu, procurando por sinais de partida
Você me abraça, mas você realmente precisa de mim?
Acho que está na hora de eu deixar você ir
Mas eu estive pensando em você
E quando você navega através das águas oceânicas
E alcança o outro lado tão seguro
Eu entendo
Você poderia sorrir um pouco pra mim?
Porque eu estive pensando em você
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Juventude e coração
Ultimamente sinto algo
inexplicável, ou melhor,
não que não possa explicar,
é que justamente a explicação
nesse momento me é falha.
O poder e dom,
a sabedoria da lógica
a lógica me falta
O que explico, ou desabafo
é a saudade pasmem:de mim!
Tenho saudade de como era
de como tudo se fazia simples
e heróico em minha mente.
Tenho saudade de como amava a história
de como amava o cheiro dos meus livros
e de como consegui descolar todas suas páginas.
Gostava da história dos homens
das mulheres, das crianças,
gostava das histórias fantásticas,
mas para mim nada mais fantástico
do que as histórias reais.
Gostava da história do poder e daquela história
ou histórias dos que eram como eu
e não viram sua história acontecer.
Tenho saudade da minha paixão
das minhas convicções
da minha fase marxista,
da minha fase antipositivista,
das discussões
intermináveis
de escola, de faculdade.
Longas caminhadas na madrugada
na rua deserta, sem medo.
Saudade do vento gelado que cortava o pensamento
avisando que a esquina chegara e era hora de ir
Tantas discussões! Tanta teoria!
Poderiam causar guerras de tão tensas e
repletas de profundidade.
Mas, se desfacelavam com o vento,
não completamente, pois no outro dia
haja rua, haja ouvido, haja mente.
Tenho saudade da pessoa crítica
que queria mudar o mundo,
que não se apegava a coisas fúteis,
pessoas fúteis, sentimentos sentimentalistas
Aquela pessoas que assistia o jornal
e não contente buscava outros jornais
e não contente buscava livros
e não contente perguntava
e não contente, escrevia.
Tenho saudade daquela que lamentava
não ser parte de cada época
que cobrava de si o futuro,
que cobrava dos outros o passado.
Da que nunca joga lixo na rua (e ainda o faço)
da que chorou quando votou pela primeira vez.
Tenho saudade do meu ceticismo teimoso
que só existia na esperança do certo acontecer
Saudade de citar Bertold Brecht
de citar Rousseau, Paulo Freire,
e mesmo Maquiavel, Durkheim...
Saudade de quando a poesia não me fazia
chorar, mas pensar.
De quando me apaixonei pela educação
e pela mágica de ensinar
sem jamais deixar de aprender.
Quem sabe assim pudesse mover
as montanhas que tanto sonhei?
Saudade das redações intermináveis
da minha fome em escrever.
Escrever de forma rude e inteligente
escrever não só o pensamento vil
mas a reflexão...
Hoje sinto-me tão... fútil
o pensar é trabalhoso, sou como tantos
todos aqueles que encontro, que vejo
Embriagados de inércia, engessados
Pena, gessos não são tão fortes quanto parecem.
Em que lugar que eu me esqueci?
Não movo nada mais que grãos de areia,
falta-me força e o deserto é cada vez maior.
Penso se não sou mais heróica,
afinal, hoje o que me ocorre é a realidade
e ela é tão mais dura do que a que eu podia ver
nos livros, nos jornais, nas minhas teorias das teorias...
Aquele futuro cobrado de mim
e por mim, chegou finalmente
e o que fazer com o presente?
E mesmo caminhando insistentemente
sinto saudade como sinto sede
Saudade é sede de busca.
Busco encontrar parte do que sou
no passado do que era.
inexplicável, ou melhor,
não que não possa explicar,
é que justamente a explicação
nesse momento me é falha.
O poder e dom,
a sabedoria da lógica
a lógica me falta
O que explico, ou desabafo
é a saudade pasmem:de mim!
Tenho saudade de como era
de como tudo se fazia simples
e heróico em minha mente.
Tenho saudade de como amava a história
de como amava o cheiro dos meus livros
e de como consegui descolar todas suas páginas.
Gostava da história dos homens
das mulheres, das crianças,
gostava das histórias fantásticas,
mas para mim nada mais fantástico
do que as histórias reais.
Gostava da história do poder e daquela história
ou histórias dos que eram como eu
e não viram sua história acontecer.
Tenho saudade da minha paixão
das minhas convicções
da minha fase marxista,
da minha fase antipositivista,
das discussões
intermináveis
de escola, de faculdade.
Longas caminhadas na madrugada
na rua deserta, sem medo.
Saudade do vento gelado que cortava o pensamento
avisando que a esquina chegara e era hora de ir
Tantas discussões! Tanta teoria!
Poderiam causar guerras de tão tensas e
repletas de profundidade.
Mas, se desfacelavam com o vento,
não completamente, pois no outro dia
haja rua, haja ouvido, haja mente.
Tenho saudade da pessoa crítica
que queria mudar o mundo,
que não se apegava a coisas fúteis,
pessoas fúteis, sentimentos sentimentalistas
Aquela pessoas que assistia o jornal
e não contente buscava outros jornais
e não contente buscava livros
e não contente perguntava
e não contente, escrevia.
Tenho saudade daquela que lamentava
não ser parte de cada época
que cobrava de si o futuro,
que cobrava dos outros o passado.
Da que nunca joga lixo na rua (e ainda o faço)
da que chorou quando votou pela primeira vez.
Tenho saudade do meu ceticismo teimoso
que só existia na esperança do certo acontecer
Saudade de citar Bertold Brecht
de citar Rousseau, Paulo Freire,
e mesmo Maquiavel, Durkheim...
Saudade de quando a poesia não me fazia
chorar, mas pensar.
De quando me apaixonei pela educação
e pela mágica de ensinar
sem jamais deixar de aprender.
Quem sabe assim pudesse mover
as montanhas que tanto sonhei?
Saudade das redações intermináveis
da minha fome em escrever.
Escrever de forma rude e inteligente
escrever não só o pensamento vil
mas a reflexão...
Hoje sinto-me tão... fútil
o pensar é trabalhoso, sou como tantos
todos aqueles que encontro, que vejo
Embriagados de inércia, engessados
Pena, gessos não são tão fortes quanto parecem.
Em que lugar que eu me esqueci?
Não movo nada mais que grãos de areia,
falta-me força e o deserto é cada vez maior.
Penso se não sou mais heróica,
afinal, hoje o que me ocorre é a realidade
e ela é tão mais dura do que a que eu podia ver
nos livros, nos jornais, nas minhas teorias das teorias...
Aquele futuro cobrado de mim
e por mim, chegou finalmente
e o que fazer com o presente?
E mesmo caminhando insistentemente
sinto saudade como sinto sede
Saudade é sede de busca.
Busco encontrar parte do que sou
no passado do que era.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Perfeito e insuportável
Eu finjo ouvir a conversa
Enquanto me perco em meus tolos devaneios
tão estimulantes
Sofrendo com as antecipações
tão típicas de mim
Elas desmoronam minha mente
Mande-me embora antes que eu caia completamente
Mande-me! E mostre-me
o desejo de que eu fique!
Mas és tão perfeito
e tão chato ao mesmo tempo
Que me pergunto o que ainda faço aqui?
Tão perfeito...
será que mais alguém lá fora percebe isso?
Para onde suas borboletas voaram agora?
Minha imaginação deve ser exorcizada
ela infringe todas as leis
criando vários momentos certos
de realizar o impossível
E és tão perfeito, mas
tão... insuportável
O que faço ainda aqui?
Será que mais alguém se importa?
O que faço ainda aqui?
procurando borboletas talvez
Enquanto me perco em meus tolos devaneios
tão estimulantes
Sofrendo com as antecipações
tão típicas de mim
Elas desmoronam minha mente
Mande-me embora antes que eu caia completamente
Mande-me! E mostre-me
o desejo de que eu fique!
Mas és tão perfeito
e tão chato ao mesmo tempo
Que me pergunto o que ainda faço aqui?
Tão perfeito...
será que mais alguém lá fora percebe isso?
Para onde suas borboletas voaram agora?
Minha imaginação deve ser exorcizada
ela infringe todas as leis
criando vários momentos certos
de realizar o impossível
E és tão perfeito, mas
tão... insuportável
O que faço ainda aqui?
Será que mais alguém se importa?
O que faço ainda aqui?
procurando borboletas talvez
Não me esqueci da dedicatória... só não sei se é importante, se faz alguma diferença, se vai ver. Deixa estar, tudo tem seu tempo de começar e acabar e eu não sei em que tempo estou. De qualquer forma sabe a quem se destina.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Para amores não correspondidos e corações partidos hahaha
Estava inquietamente acordada, gosta da madrugada, mas havia um outro motivo. Sentiu algo que a incomodou e queria de qualquer forma conversar. O incomodo está relacionado com uma terceira pessoa. Sua vontade era de gritar e esclarecer de uma vez por todas tudo, mas lembrara que já tinha feito isso na semana passada e então o desespero dela aumentou. Queria a genialidade dos poetas nesse momento para dizer de forma deslumbrante o que sentia. O amor já o tinha, inclusive o clichê de não ser correspondido, agora o que faltava? Mudar o foco talvez... parar de pensar nisso, parar, parar, parar! Tinha que repetir várias vezes para ela.
De repente, levanta-se, pois a cama já lhe era pequena demais. Olha no espelho e vê uma face incerta. Envelhecera dez anos em um dia. Dos olhos cansados uma lágrima sai, deveria ser a última de seu corpo, enxugou-a com seus delicados dedos e ao sentir-se acariciada pelo seu próprio toque, lançou um sorriso tímido. Há quanto tempo não sorria! E era tão linda sorrindo.
Ouve então seu pensamento como sendo outra pessoa a falar: Pare! Busque outras coisas garota! Onde está seu potencial? Não pode ter se perdido em alguns dias do ano passado. O que merece horas sem sono, dias de sol, pensamentos de 5 em 5 minutos? Ele não está aqui está? Onde está? Olhe para o seu lado e veja, olhe para sua vida e veja, pergunte-se a importância disso daqui a alguns anos! Pelo amor! Nenhuma talvez! Você já foi sincera o bastante para que ele perceba e responda com o silêncio, não se prenda e nem prenda a alguém que não merece seu amor. Ele diz todos os dias que prefere outras , outras coisas mesmo que com gestos e não percebe? Perceba agora e bata em retirada, permita-se sorrir novamente! Do que tem medo?
Não é a primeira e nem a última a viver isso, então não esqueça, aprenda com sua dor, mas lembre-se mais de você que é muito especial. Foi muito bom? Claro que foi, mas tenha a certeza de que mais que breve o amor a encontrará novamente, aí sim tenha medo, pois poderá ser para sempre.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Acho que não preciso dizer mais nada...
"Sobre o oceano e muito distante
Ela está esperando como um iceberg
Esperando para mudar
Mas ela é fria por dentro
Ela quer ser como a água
Todos os músculos endurecem em sua face
Enterra a alma dela em um abraço
Eles são a mesma coisa
Exatamente como a água
Lá vem a luz do pânico
Segurando com dedos os sentimentos
Mas chegou a hora
de seguir em frente
Você pode me ajudar?
Você pode me deixar ir?
E você ainda conseguirá me amar
Quando você não conseguir me enxergar mais?
O fogo diminui
A maior parte de todos os dias
Está cheio de desculpas esfarrapadas
Mas é duro dizer
Eu gostaria que fosse simples
Mas nós desistimos facilmente
Você está próximo o bastante para ver que
Está do outro lado do mundo para mim"
Ela está esperando como um iceberg
Esperando para mudar
Mas ela é fria por dentro
Ela quer ser como a água
Todos os músculos endurecem em sua face
Enterra a alma dela em um abraço
Eles são a mesma coisa
Exatamente como a água
Lá vem a luz do pânico
Segurando com dedos os sentimentos
Mas chegou a hora
de seguir em frente
Você pode me ajudar?
Você pode me deixar ir?
E você ainda conseguirá me amar
Quando você não conseguir me enxergar mais?
O fogo diminui
A maior parte de todos os dias
Está cheio de desculpas esfarrapadas
Mas é duro dizer
Eu gostaria que fosse simples
Mas nós desistimos facilmente
Você está próximo o bastante para ver que
Está do outro lado do mundo para mim"
domingo, 27 de junho de 2010
Para Duda...
Criança pequena,
docinho de coco meu.
Criança linda,
que tantos sorrisos me deu.
Criancinha, embalada.
Bonequinha adocicada,
torna o dia mais feliz,
quando simplesmente fazemos
a bobagem de roçarmos
nariz com nariz.
E de repente
do nada, no vazio do ar,
encontro seu olhar
e uma risada
apertadinha que revela
sua façanha de ser,
de brincar e de repente aprender.
Criança não morre nunca.
Fica fresca no ar,
na lembrança.
Quisera eu roubar esse frescor,
preservá-lo, guardá-lo na dor
dos momentos mais difíceis.
Resgatar esse alento
para não morrer em vida.
Criança não morre nunca,
Pois mesmo com sua partida
Tão docemente, deixa doce na gente
O frescor de sua vida.
docinho de coco meu.
Criança linda,
que tantos sorrisos me deu.
Criancinha, embalada.
Bonequinha adocicada,
torna o dia mais feliz,
quando simplesmente fazemos
a bobagem de roçarmos
nariz com nariz.
E de repente
do nada, no vazio do ar,
encontro seu olhar
e uma risada
apertadinha que revela
sua façanha de ser,
de brincar e de repente aprender.
Criança não morre nunca.
Fica fresca no ar,
na lembrança.
Quisera eu roubar esse frescor,
preservá-lo, guardá-lo na dor
dos momentos mais difíceis.
Resgatar esse alento
para não morrer em vida.
Criança não morre nunca,
Pois mesmo com sua partida
Tão docemente, deixa doce na gente
O frescor de sua vida.
sábado, 12 de junho de 2010
Cinderela às avessas
Não zombe de mim!
Não pense que o fato
de falar corretamente
de ser uma alusão
à Cinderela
faz de mim uma tonta!
Que por ser doce e meiga
não possa ser amarga e rude
Ninguém sabe da minha feição
quando estou só
Ninguém sabe dos meus medos
e o que aprendi com eles
Não brinque dessa forma,
só porque acha que tem o poder de decisão
sou uma indecisa incorrigível
isso irrita?
Porém, sei a longo prazo muito bem o que quero
e também o que não quero
A minha aparente fragilidade
não é só aparente
sou frágil e por isso sinto
sinto com muita intensidade
tudo o que me toca
Quebro-me em pedaços
mas também sei cortar
Não pense que o fato
de falar corretamente
de ser uma alusão
à Cinderela
faz de mim uma tonta!
Que por ser doce e meiga
não possa ser amarga e rude
Ninguém sabe da minha feição
quando estou só
Ninguém sabe dos meus medos
e o que aprendi com eles
Não brinque dessa forma,
só porque acha que tem o poder de decisão
sou uma indecisa incorrigível
isso irrita?
Porém, sei a longo prazo muito bem o que quero
e também o que não quero
A minha aparente fragilidade
não é só aparente
sou frágil e por isso sinto
sinto com muita intensidade
tudo o que me toca
Quebro-me em pedaços
mas também sei cortar
Cacos
A viagem do meu pensamento
de repente tranfere-se para a realidade
em um impulso inconsequente
toma vida nas rodas de um carro
Viagem, não mais que isso
No caminho olho as estrelas
elas me dizem pra voltar
mais uma vez...
mas ainda não amo o suficiente para ouvi-las
e o brilho delas me lembra algo
Cacos
Cacos de um espelho bisotado
espalhados do chão do meu quarto
Hoje eu quebrei um espelho!
isso não seria algo importante
mas sou eu...
EU quebrei um espelho!
e me vi nele
eu já sabia no fundo o que me esperava
mais uma viagem com volta marcada
hora para terminar
nada que pudesse me levar ao que esperava
talvez às estrelas...
Que bobagem!
As estrelas não passavam de um brilho falso
tentando me alertar
eram nada mais que cacos
de repente tranfere-se para a realidade
em um impulso inconsequente
toma vida nas rodas de um carro
Viagem, não mais que isso
No caminho olho as estrelas
elas me dizem pra voltar
mais uma vez...
mas ainda não amo o suficiente para ouvi-las
e o brilho delas me lembra algo
Cacos
Cacos de um espelho bisotado
espalhados do chão do meu quarto
Hoje eu quebrei um espelho!
isso não seria algo importante
mas sou eu...
EU quebrei um espelho!
e me vi nele
eu já sabia no fundo o que me esperava
mais uma viagem com volta marcada
hora para terminar
nada que pudesse me levar ao que esperava
talvez às estrelas...
Que bobagem!
As estrelas não passavam de um brilho falso
tentando me alertar
eram nada mais que cacos
terça-feira, 25 de maio de 2010
Vertigem
Tudo está tão sério
como uma anunciação
do que não vem
do que não chega
mas que é presente
e faz espera
e da espera algo quase
insuportável
E a normalidade?
O que faz ela comigo
a não ser me
enterrar?
Sinto falta da sensação
de vertigem...
Aquela que uma vez
levou-me ao chão.
O chão ás vezes é
o lugar perfeito
É dele que nascem as flores
como uma anunciação
do que não vem
do que não chega
mas que é presente
e faz espera
e da espera algo quase
insuportável
E a normalidade?
O que faz ela comigo
a não ser me
enterrar?
Sinto falta da sensação
de vertigem...
Aquela que uma vez
levou-me ao chão.
O chão ás vezes é
o lugar perfeito
É dele que nascem as flores
domingo, 28 de março de 2010
Sempre com você
Perdido
tentando se encontrar
e nunca saberá
nunca soube...
Não quebre o passado
é um lugar para onde
podemos voltar
Você ainda sabe o caminho?
Coração à prova de balas
janelas e portas fechadas
e ainda assim o vejo
Palavras cegas
olhares mudos
Você precisa de um amigo?
posso ser
Posso tentar sentir com você
mas não fazer parar a dor
Desculpe revelar
que nem tudo em mim
é uma revelação
uma inovação
Não sou um herói
não sou...
Janelas e portas
à prova de balas
Coração fechado
Mesmo assim
oferto o meu melhor
eu o vejo
Pensamentos muitas vezes
são ensurdecedores
Palavras tornam-se
silenciosas
olhares...
como decifrar o que não vejo?
e nós?
somos apenas amigos?
pode ser
posso ser
Mesmo de longe saiba que
o vejo sempre
tentando se encontrar
e nunca saberá
nunca soube...
Não quebre o passado
é um lugar para onde
podemos voltar
Você ainda sabe o caminho?
Coração à prova de balas
janelas e portas fechadas
e ainda assim o vejo
Palavras cegas
olhares mudos
Você precisa de um amigo?
posso ser
Posso tentar sentir com você
mas não fazer parar a dor
Desculpe revelar
que nem tudo em mim
é uma revelação
uma inovação
Não sou um herói
não sou...
Janelas e portas
à prova de balas
Coração fechado
Mesmo assim
oferto o meu melhor
eu o vejo
Pensamentos muitas vezes
são ensurdecedores
Palavras tornam-se
silenciosas
olhares...
como decifrar o que não vejo?
e nós?
somos apenas amigos?
pode ser
posso ser
Mesmo de longe saiba que
o vejo sempre
sábado, 13 de março de 2010
Retomando os sentidos
Que ótimo, acho que os esclarecimentos já foram feitos numa rapidez impressionante! O inverno voltou, apesar do calor... metáforas a parte, melhor assim: pés no chão e borboletas tomando seus lugares no ar novamente, opa metáfora de novo rs. Lembrei de uma música do Barão: "Eu queria ter uma bomba" kkkk, parece que a obviedade me faz mal não?! Engano, pelo menos consigo lidar melhor com ela.
Solidão a dois de dia
Faz calor, depois faz frio
Você diz "já foi" e eu concordo contigo
Você sai de perto eu penso em suicídio
Mas no fundo eu nem ligo
Você sempre volta com as mesmas notícias
Eu queria ter uma bomba
Um flit paralisante qualquer
Pra poder me livrar
Do prático efeito
Das tuas frases feitas
Das tuas noites perfeitas
Sobre imprecisões
Pq as coisas simplesmente não podem ser SIMPLES?! Para uma pessoa comum dúvidas são um tormento e para uma psciana como eu, algo que não seja direto pode se transformar em um verdadeiro atentado à vida mental, emocional e física!!Sem nenhuma questão de ordem emocional, humana, social ou televisiva mesmo (kkkk) eu já sonho pelos quatro cantos do meu corpo. A razão não é meu forte, apesar de eu forçá-la o máximo que posso. Pq não facilitar então?? Fico tentando entender o sentido real de algumas coisas... O sentido que quero que seja pode não ser e fico torcendo para que seja o sentido oposto, ou o sentido menos florido (um outono praticamente, quase um inverno) que me deixa triste, mas é mais fácil de lidar, não me ilude e faz algum sentido. Enquanto isso, a ambiguidade de sentidos me deixa sem sentido algum!!! Eeeeiii, seja(m) mais direto(s)!
terça-feira, 2 de março de 2010
Ainda sem nome...
Sentada na sacada
de um sobrado inacabado
ainda criança
tecia sonhos
Subia quieta
com seu livrinho na mão
e com qual objetivo se não
lê-lo inteirinho
com os olhos
e coração
E ali ficava
e nem imaginava
o quão longe iria
sua imaginação
O quanto poderia
com aquele livro nas mãos
Não se lembrava
do medo de altura que tinha
o risco compensava
e o medo se continha
O medo se transformava
em uma sensação
de coragem inabalada
em um fogo no coração
que ardia em disparada
Gostosa sensação...
Suas pernas soltas no ar
balançavam ao rítimo do vento
e a cada sopro lento
a cada impressão de voar
o que se soltava e voava
era seu pensamento
Às vezes descansava os olhos
no azul clarinho do céu
Amava as nuvens claras
queria como elas ser
de tão diferentes formas
e de repente com o vento
se desfazer
E voltava para a história
Lia preguiçosa como se algo temesse
A história não acabava
e nem queria que isso acontecesse
Ela ainda criança
sentada na beira da sacada
de um sobrado inacabado
com as pernas soltas voava
com o pensamento voava
com o coração, tão jovem, sentia
com os olhos via e sorria
pois um mundo descobria
E mal sabia
que ela, ainda criança
sonhos tecia
sonhos cheios de fogo
e desejos sinceros
sonhos encantados
como as histórias que lia
e tão inacabados
quanto aquele sobrado.
de um sobrado inacabado
ainda criança
tecia sonhos
Subia quieta
com seu livrinho na mão
e com qual objetivo se não
lê-lo inteirinho
com os olhos
e coração
E ali ficava
e nem imaginava
o quão longe iria
sua imaginação
O quanto poderia
com aquele livro nas mãos
Não se lembrava
do medo de altura que tinha
o risco compensava
e o medo se continha
O medo se transformava
em uma sensação
de coragem inabalada
em um fogo no coração
que ardia em disparada
Gostosa sensação...
Suas pernas soltas no ar
balançavam ao rítimo do vento
e a cada sopro lento
a cada impressão de voar
o que se soltava e voava
era seu pensamento
Às vezes descansava os olhos
no azul clarinho do céu
Amava as nuvens claras
queria como elas ser
de tão diferentes formas
e de repente com o vento
se desfazer
E voltava para a história
Lia preguiçosa como se algo temesse
A história não acabava
e nem queria que isso acontecesse
Ela ainda criança
sentada na beira da sacada
de um sobrado inacabado
com as pernas soltas voava
com o pensamento voava
com o coração, tão jovem, sentia
com os olhos via e sorria
pois um mundo descobria
E mal sabia
que ela, ainda criança
sonhos tecia
sonhos cheios de fogo
e desejos sinceros
sonhos encantados
como as histórias que lia
e tão inacabados
quanto aquele sobrado.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Uma antiga pretensão...
Esse poema fiz quando estava na faculdade para minha pasta de estágio, que ficou enooooooooorrrrrrrme por sinal. Não lembro o que me motivou a escrever, mas lendo hoje vejo que metade se aproveita e a outra quase nada kkkkkkkkkk, uma pretensão poética que não está ainda totalmente frustrada, digamos que enfrenta uma crise traumática apavorante crônica...se isso é possível, mas isso é assunto pra outro post.
Entre, pode entrar
Este é o lugar que fiz pra mim.
De princípio parece bagunçado, escuro, apertado,
mas nem sempre será assim.
Entre, este é o meu lugar,
a morada de meus pensamentos.
Seu telhado é forte em vento e tempestade,
mas de vez em quando aparece
uma fresta para entrar claridade.
Suas janelas também são fortes e largas,
servem como opção, como conexão
entre lá fora e aqui dentro.
Seus cômodos não são muitos,
serão construídos com o tempo.
Alguns ainda escuros, eu acendo,
Outros bagunçados, eu arrumo
e aqueles vazios, eu preencho.
As paredes também são fortes, na medida certa,
não isola, nem liberta,
mantém-me protegida e em contato com a vida.
Este lugar está aberto a visitas,
de todos os tipos, de todos os lugares.
São várias as portas de entrada e saída,
como disse, gosto de manter conexões.
Mas dessas portas, a mais importante,
a que mais gosto
é aquela lá do fundo
que dá para o jardim
onde plantei meus sonhos.
domingo, 31 de janeiro de 2010
O que vem depois?
Como muitas vezes só conversar com amigos não basta, escrever acaba tornando-se a solução mais útil para o desabafo, para a livre expressão sem medida de palavras e de sentimentos (o que eu adoro), bom mesmo é se alguém mais puder se identificar com isso. Ainda não tenho em mente o teor do blog, por enquanto ele é só pra mim... e, portanto, está repleto do teor e da teoria que me fazem como sou... se bem que isso é difícil de definir. O que sou afinal?
Geralmente escrevo quanto estou triste ou quando estou com muita raiva. Esse poema (não precisam expressar suas opiniões ok?) escrevi em minha mente, num turbilhão de pensamentos que ninguém imaginava que eu estava pensando, no meio de uma festa em um momento que talvez em pouco tempo já não tenha tanta importância, mas que agora nossa! Está sendo demais pra mim, mais do que deveria e do que eu gostaria que fosse. Porém, como boa pisciana que sou, dou-me o direito de sentir de maneira extremamente sensível o que se passa a minha volta, com um toque de dramaticidade ... então, espero que compreendam e sintam comigo! Beijos
O que vem depois?
do último encontro
do último abraço
do último olhar...
O que vem depois?
da longa expectativa
das palavras ditas
do silêncio consentido
e do silêncio forçado...
O que vem depois?
da frustração
do choro contido
da tristeza incontrolável...
O que vem depois?
da visão de um beijo
da visão de mãos dadas
subindo pela escada, saindo pela porta...
O que vem depois?
da certeza do não
da certeza da distância
da concreta diferença de tempo e espaço...
O que vem depois?
talvez tudo de novo
talvez o novo e com ele o medo
talvez o inesperado, tão esperado...
O que vem depois? (E isso é certo)
se não o certo da dúvida
se não o certo da saudade
se não a dolorida visão daquelas mãos dadas
subindo pela escada, saindo pela porta...
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