Ontem eu vi o sol brilhando
E as folhas das árvores estavam caindo suavemente
Minhas mãos frias precisavam de toque morno
É, eu estava pensando em você
Aqui estou eu, procurando por sinais de partida
Você me abraça, mas você realmente precisa de mim?
Acho que está na hora de eu deixar você ir
Mas eu estive pensando em você
E quando você navega através das águas oceânicas
E alcança o outro lado tão seguro
Eu entendo
Você poderia sorrir um pouco pra mim?
Porque eu estive pensando em você
sábado, 31 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Juventude e coração
Ultimamente sinto algo
inexplicável, ou melhor,
não que não possa explicar,
é que justamente a explicação
nesse momento me é falha.
O poder e dom,
a sabedoria da lógica
a lógica me falta
O que explico, ou desabafo
é a saudade pasmem:de mim!
Tenho saudade de como era
de como tudo se fazia simples
e heróico em minha mente.
Tenho saudade de como amava a história
de como amava o cheiro dos meus livros
e de como consegui descolar todas suas páginas.
Gostava da história dos homens
das mulheres, das crianças,
gostava das histórias fantásticas,
mas para mim nada mais fantástico
do que as histórias reais.
Gostava da história do poder e daquela história
ou histórias dos que eram como eu
e não viram sua história acontecer.
Tenho saudade da minha paixão
das minhas convicções
da minha fase marxista,
da minha fase antipositivista,
das discussões
intermináveis
de escola, de faculdade.
Longas caminhadas na madrugada
na rua deserta, sem medo.
Saudade do vento gelado que cortava o pensamento
avisando que a esquina chegara e era hora de ir
Tantas discussões! Tanta teoria!
Poderiam causar guerras de tão tensas e
repletas de profundidade.
Mas, se desfacelavam com o vento,
não completamente, pois no outro dia
haja rua, haja ouvido, haja mente.
Tenho saudade da pessoa crítica
que queria mudar o mundo,
que não se apegava a coisas fúteis,
pessoas fúteis, sentimentos sentimentalistas
Aquela pessoas que assistia o jornal
e não contente buscava outros jornais
e não contente buscava livros
e não contente perguntava
e não contente, escrevia.
Tenho saudade daquela que lamentava
não ser parte de cada época
que cobrava de si o futuro,
que cobrava dos outros o passado.
Da que nunca joga lixo na rua (e ainda o faço)
da que chorou quando votou pela primeira vez.
Tenho saudade do meu ceticismo teimoso
que só existia na esperança do certo acontecer
Saudade de citar Bertold Brecht
de citar Rousseau, Paulo Freire,
e mesmo Maquiavel, Durkheim...
Saudade de quando a poesia não me fazia
chorar, mas pensar.
De quando me apaixonei pela educação
e pela mágica de ensinar
sem jamais deixar de aprender.
Quem sabe assim pudesse mover
as montanhas que tanto sonhei?
Saudade das redações intermináveis
da minha fome em escrever.
Escrever de forma rude e inteligente
escrever não só o pensamento vil
mas a reflexão...
Hoje sinto-me tão... fútil
o pensar é trabalhoso, sou como tantos
todos aqueles que encontro, que vejo
Embriagados de inércia, engessados
Pena, gessos não são tão fortes quanto parecem.
Em que lugar que eu me esqueci?
Não movo nada mais que grãos de areia,
falta-me força e o deserto é cada vez maior.
Penso se não sou mais heróica,
afinal, hoje o que me ocorre é a realidade
e ela é tão mais dura do que a que eu podia ver
nos livros, nos jornais, nas minhas teorias das teorias...
Aquele futuro cobrado de mim
e por mim, chegou finalmente
e o que fazer com o presente?
E mesmo caminhando insistentemente
sinto saudade como sinto sede
Saudade é sede de busca.
Busco encontrar parte do que sou
no passado do que era.
inexplicável, ou melhor,
não que não possa explicar,
é que justamente a explicação
nesse momento me é falha.
O poder e dom,
a sabedoria da lógica
a lógica me falta
O que explico, ou desabafo
é a saudade pasmem:de mim!
Tenho saudade de como era
de como tudo se fazia simples
e heróico em minha mente.
Tenho saudade de como amava a história
de como amava o cheiro dos meus livros
e de como consegui descolar todas suas páginas.
Gostava da história dos homens
das mulheres, das crianças,
gostava das histórias fantásticas,
mas para mim nada mais fantástico
do que as histórias reais.
Gostava da história do poder e daquela história
ou histórias dos que eram como eu
e não viram sua história acontecer.
Tenho saudade da minha paixão
das minhas convicções
da minha fase marxista,
da minha fase antipositivista,
das discussões
intermináveis
de escola, de faculdade.
Longas caminhadas na madrugada
na rua deserta, sem medo.
Saudade do vento gelado que cortava o pensamento
avisando que a esquina chegara e era hora de ir
Tantas discussões! Tanta teoria!
Poderiam causar guerras de tão tensas e
repletas de profundidade.
Mas, se desfacelavam com o vento,
não completamente, pois no outro dia
haja rua, haja ouvido, haja mente.
Tenho saudade da pessoa crítica
que queria mudar o mundo,
que não se apegava a coisas fúteis,
pessoas fúteis, sentimentos sentimentalistas
Aquela pessoas que assistia o jornal
e não contente buscava outros jornais
e não contente buscava livros
e não contente perguntava
e não contente, escrevia.
Tenho saudade daquela que lamentava
não ser parte de cada época
que cobrava de si o futuro,
que cobrava dos outros o passado.
Da que nunca joga lixo na rua (e ainda o faço)
da que chorou quando votou pela primeira vez.
Tenho saudade do meu ceticismo teimoso
que só existia na esperança do certo acontecer
Saudade de citar Bertold Brecht
de citar Rousseau, Paulo Freire,
e mesmo Maquiavel, Durkheim...
Saudade de quando a poesia não me fazia
chorar, mas pensar.
De quando me apaixonei pela educação
e pela mágica de ensinar
sem jamais deixar de aprender.
Quem sabe assim pudesse mover
as montanhas que tanto sonhei?
Saudade das redações intermináveis
da minha fome em escrever.
Escrever de forma rude e inteligente
escrever não só o pensamento vil
mas a reflexão...
Hoje sinto-me tão... fútil
o pensar é trabalhoso, sou como tantos
todos aqueles que encontro, que vejo
Embriagados de inércia, engessados
Pena, gessos não são tão fortes quanto parecem.
Em que lugar que eu me esqueci?
Não movo nada mais que grãos de areia,
falta-me força e o deserto é cada vez maior.
Penso se não sou mais heróica,
afinal, hoje o que me ocorre é a realidade
e ela é tão mais dura do que a que eu podia ver
nos livros, nos jornais, nas minhas teorias das teorias...
Aquele futuro cobrado de mim
e por mim, chegou finalmente
e o que fazer com o presente?
E mesmo caminhando insistentemente
sinto saudade como sinto sede
Saudade é sede de busca.
Busco encontrar parte do que sou
no passado do que era.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Perfeito e insuportável
Eu finjo ouvir a conversa
Enquanto me perco em meus tolos devaneios
tão estimulantes
Sofrendo com as antecipações
tão típicas de mim
Elas desmoronam minha mente
Mande-me embora antes que eu caia completamente
Mande-me! E mostre-me
o desejo de que eu fique!
Mas és tão perfeito
e tão chato ao mesmo tempo
Que me pergunto o que ainda faço aqui?
Tão perfeito...
será que mais alguém lá fora percebe isso?
Para onde suas borboletas voaram agora?
Minha imaginação deve ser exorcizada
ela infringe todas as leis
criando vários momentos certos
de realizar o impossível
E és tão perfeito, mas
tão... insuportável
O que faço ainda aqui?
Será que mais alguém se importa?
O que faço ainda aqui?
procurando borboletas talvez
Enquanto me perco em meus tolos devaneios
tão estimulantes
Sofrendo com as antecipações
tão típicas de mim
Elas desmoronam minha mente
Mande-me embora antes que eu caia completamente
Mande-me! E mostre-me
o desejo de que eu fique!
Mas és tão perfeito
e tão chato ao mesmo tempo
Que me pergunto o que ainda faço aqui?
Tão perfeito...
será que mais alguém lá fora percebe isso?
Para onde suas borboletas voaram agora?
Minha imaginação deve ser exorcizada
ela infringe todas as leis
criando vários momentos certos
de realizar o impossível
E és tão perfeito, mas
tão... insuportável
O que faço ainda aqui?
Será que mais alguém se importa?
O que faço ainda aqui?
procurando borboletas talvez
Não me esqueci da dedicatória... só não sei se é importante, se faz alguma diferença, se vai ver. Deixa estar, tudo tem seu tempo de começar e acabar e eu não sei em que tempo estou. De qualquer forma sabe a quem se destina.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Para amores não correspondidos e corações partidos hahaha
Estava inquietamente acordada, gosta da madrugada, mas havia um outro motivo. Sentiu algo que a incomodou e queria de qualquer forma conversar. O incomodo está relacionado com uma terceira pessoa. Sua vontade era de gritar e esclarecer de uma vez por todas tudo, mas lembrara que já tinha feito isso na semana passada e então o desespero dela aumentou. Queria a genialidade dos poetas nesse momento para dizer de forma deslumbrante o que sentia. O amor já o tinha, inclusive o clichê de não ser correspondido, agora o que faltava? Mudar o foco talvez... parar de pensar nisso, parar, parar, parar! Tinha que repetir várias vezes para ela.
De repente, levanta-se, pois a cama já lhe era pequena demais. Olha no espelho e vê uma face incerta. Envelhecera dez anos em um dia. Dos olhos cansados uma lágrima sai, deveria ser a última de seu corpo, enxugou-a com seus delicados dedos e ao sentir-se acariciada pelo seu próprio toque, lançou um sorriso tímido. Há quanto tempo não sorria! E era tão linda sorrindo.
Ouve então seu pensamento como sendo outra pessoa a falar: Pare! Busque outras coisas garota! Onde está seu potencial? Não pode ter se perdido em alguns dias do ano passado. O que merece horas sem sono, dias de sol, pensamentos de 5 em 5 minutos? Ele não está aqui está? Onde está? Olhe para o seu lado e veja, olhe para sua vida e veja, pergunte-se a importância disso daqui a alguns anos! Pelo amor! Nenhuma talvez! Você já foi sincera o bastante para que ele perceba e responda com o silêncio, não se prenda e nem prenda a alguém que não merece seu amor. Ele diz todos os dias que prefere outras , outras coisas mesmo que com gestos e não percebe? Perceba agora e bata em retirada, permita-se sorrir novamente! Do que tem medo?
Não é a primeira e nem a última a viver isso, então não esqueça, aprenda com sua dor, mas lembre-se mais de você que é muito especial. Foi muito bom? Claro que foi, mas tenha a certeza de que mais que breve o amor a encontrará novamente, aí sim tenha medo, pois poderá ser para sempre.
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