segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Fala do dia: "Ele não está tão afim de você"

E retomo meu devaneios com um trecho de um filme não muito inteligente, ou cult, ou merecedor do Oscar, bem mamão com açúcar na verdade e que resume muitas expectativas de mulheres mundo afora.  Quem nunca se identificou com a Gigi? Ou com as demais personagens mulheres do filme tentando decifrar a cabeça dos homens? Sempre assisto apesar de saber inteirinho pra simplesmente me sentir bem. O trecho final tem muito a ver comigo nesse momento.

“Ensinam muitas coisas às garotas:
Se um cara lhe machuca, ele gosta de você.
Nunca tente aparar a própria franja.
E um dia, vai conhecer um cara incrível e ser feliz para sempre.
Todo filme e toda história implora para esperarmos por isso:
A reviravolta no terceiro ato, a declaração de amor inesperada, a exceção à regra. Mas as vezes focamos tanto em achar nosso final feliz que não aprendemos a ler os sinais, a diferenciar entre quem nos quer e quem não nos quer, entre os que vão ficar e os que vão te deixar.
E talvez esse final feliz não inclua um cara incrível.
Talvez seja você sozinha recolhendo os cacos e recomeçando, ficando livre para algo melhor no futuro.
Talvez o final feliz seja só seguir em frente.
Ou talvez o final feliz seja isso:
Saber que mesmo com ligações sem retorno e corações partidos, com todos os erros estúpidos e sinais mal interpretados, com toda a vergonha e todo constrangimento, você nunca perdeu a esperança.”


É... nunca perder a esperança! 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Lições da solidão


Tenho que aprender
a priorizar quem me prioriza
a gostar de quem me gosta
a partilhar com quem quer receber
e partilha
a agradecer quem me é grato
a ficar com quem fica comigo
até tarde conversando
mesmo com coisas mais interessantes para fazer
a me iludir menos
e sonhar mais
meus próprios sonhos
Tenho que aprender a ouvir mais
falar menos
observar bastante
e não dar conselhos
a quem não os quer seguir
a quem não acredita em minhas palavras
e tão singela sabedoria
Tenho que aprender
a me proteger mais
a me expor menos
àqueles que não entendem
minha sensibilidade
e nem fazem questão
Tenho que aprender 
que nem tudo é pessoal
mesmo magoando
e criar carapaça, armadura
contra as durezas da vida
Tenho que ser
mais independente
mais autoconfiante 
mais disciplinada
e amável na medida certa
amabilidade assusta e é confundida com
ingenuidade, ou interesse
Tenho que entender
que nada é durável
tudo é mutável
e que nem tudo volta, aliás, a maior parte das coisas
vão embora e levam algo de nós
sem deixar nada em troca
Tenho que aprender que 
 às vezes não se tem o dom da conquista,
da amizade, da cumplicidade
que às vezes o meu mundo se reduz à minha casa
e que não se pode conquistar muito além disso
de forma muito segura e intensa
Tenho que aprender que 
a solidão também é companheira
de bons filmes
de um bom livro
de um bom café
de uma caminhada 
de uma boa música
de boas ideias
e reflexões 
sobre mim 
sobre a vida 
sobre o amor
e que ensina
a me amar mais
a me olhar no espelho 
e me ver mais velha
mais experiente 
mais bela
e que faz entender que na vida
a única pessoa que me acompanhará realmente
e incondicionalmente
sou eu





sábado, 23 de fevereiro de 2013

Todos os dias um simples boa noite torna-se um evento quase que mágico, 
puro e sem barreiras. 
Um simples desejo... 
Desejo boa noite aos meus pais, irmãs, a quem amo, ao amigo próximo ou distante 
com a sensação quase física da intensidade desse meu desejo. 
Pois tenho consciência da morte que leva tantas pessoas próximas e jovens e nos grita no ouvido 
o quanto é urgente ter certeza da vida, 
ter intensidade e leveza, 
ter felicidade em vivê-la e 
agradecimento. 
Quanto é necessário ser justo e honesto em tudo, 
ter essência! 
Amor! 
E inteireza em cada pequeno gesto e em cada palavra, 
porque podem ser eventualmente as últimas 
para você ou para quem ouve. 
Então desejo boa noite, boa tarde, bom dia sim!
Com veracidade 
e intensidade.
Desejo o bem estar daqueles ao meu redor e desejo sorrisos infinitos, mesmo os que se escondem só no olhar (os mais bonitos por sinal). 
Desejo conversas longas e esclarecedoras ou simplesmente um oi amigo. 
Desejo essas simplicidades tão valiosas e duradouras intensamente por serem suficientes para se saber que na vida não se está sozinho e que mesmo nas separações ou nos desencontros, 
os desejos permanecem, 
as lembranças permanecem, 
pois o amor permanece! 
Lembro e então cito uma frase de Renato Russo que pode parecer clichê, mas retrata a mais pura verdade:
"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, 
porque se você parar pra pensar 
na verdade não há" o meu

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Marias, Marcelas, Marinas, Marianas



Marias, Marcelas, Marinas, Marianas
têm um quê de mais
um jeito de mar
que afoga meus pensamentos
atiram-me sem rumo ao ar
E que ar é esse que eu não posso respirar?
De longe observo
desejando ficar
onde elas podem estar
Nesse mar
Novo, sinuoso e sedutor
É onde querem mergulhar
Já não posso mais ser rocha firme
perante a esse avançar
Nem mais mistérios e novidades
tenho a mostrar
Permaneço imóvel a espera
de tudo o que em suas ondas se foi
um dia voltar
Ou que os mares mudem
e me tragam outro sentido
para o que é amar...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

il faut oublier

A noite chega
Tenta me envolver
Mas não!
Luto contra a noite
Luto contra o cansaço
E contra a exaustão
Luto contra mim mesmo
Como quem busca
nessa demonstração
de força
Inútil
Uma forma de esquecer...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sobre o tempo


Poderia eu pensar
que pena o tempo passar
que nele tudo é etéreo
que nada pode ficar
Poderia questionar
o pouco tempo que temos
que nele não cabe o que se quer
que não cabe nada do que sabemos
e do que podemos aprender
sobre o amor
sobre viver
Não cabe todos os filmes
que queremos assistir
E nem todas as músicas
que queremos ouvir
Não cabe todos os sorrisos
que queremos dar
Muito menos as mãos
que queremos apertar
Não cabe os lugares
que queremos conhecer
Tampouco as amizades
que queremos fazer
e os amigos que queremos visitar
E é pouco, muito mesmo
para os abraços que queremos dar
e receber...
Para um beijo apaixonado
Para caminhar lado a lado
E a noção do tempo perder
Mas se me perco no tempo
menos tempo tenho?
Sim e não
Há várias formas de para ele olhar
o mesmo tempo apressado
que matem enjaulado
Pode curar e libertar
É só saber com ele lidar
De forma leve e organizada
Entendendo sua brevidade e infinitude
Nossa capacidade de ter tempo é ampliada
quando o vivemos com amplitude
Cada coisa no seu tempo
A cada tempo uma coisa
Entendo sua mágica
que nada no tempo se perde
quando o saboreamos realmente
O mesmo tempo que vai, fica
Na forma de recordações,
saudades, desejos e emoções
O tempo nos dá a capacidade de reviver
relembrar, de errar e aprender
Sem pressa
E o melhor de tudo é que eles nos deixa de presente
o presente
E é nesse espaço que cabe a gente
É nesse espaço que cabem os laços
os beijos e abraços
o amor e a vontade de ser melhor
Entendendo que o tempo que temos
somos nós que fazemos
E que para os que amam de verdade
o tempo pode ser saudade
mas também a eternidade.





quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Publicações à parte, algo meu e não meu

Enfim algo para mim!!! Rimou até e apesar de parecer uma reclamação, não é! É um grito de felicidade, de surpresa e lisonjeio, afinal, sei o quanto é difícil escrever e também sei da emoção que tomou conta de mim quando li, do misto de felicidade, saudade e um tico de tristeza. Muitas vezes penso no quanto é difícil manter um relacionamento à distância... penso no quanto nos deixamos todos os dias, no quanto perdemos um do outro mesmo sem querer. Penso na vulnerabilidade de sentimentos, no quanto se está naturalmente aberto e livre para aproximar-se de outros corações... mas aí lembro de um único, mas um único momento apenas, podendo ser um sorriso, um abraço ou um olhar para acreditar na verdade e na força do que temos. Lembro de cada "eu te amo" e minhas esperanças de um futuro com você se renovam em meio a tanta incerteza, a tantos quilômetros... Sinto-me até meio boba em me declarar tanto, sei que não gosta de "melações", mas é meu jeitinho sem jeito de amar. Bem, já falei demais né, ta aí o motivo do meu chororô e da minha alegria imensa e veja se não é pra chorar mesmo!

Meu dedo risca a face umedecida.
A vejo em um pequeno espaço,
tão longe,
mas tão perto.
Meus olhos não suportam o seu peso,
tão pequena e tão pesada.
Então se libertam e riscam meu rosto.
Vou distanciando
e tudo vai balançando.
Maldito ônibus,
malditos quilômetros!
Lágrimas, aonde vocês vão 
quando estou com você?
Fica apenas o sorriso, o amor
sendo tudo o que me resta.

Autor: MTG

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Desabafos

Desabafos para o ar...
talvez um dia eles virem chuva
e lavem minha alma,
ou tempestade,devastando
outros corações que choram
talvez voem com o vento
e soprem leve
no ouvido de quem precise
sentir-se compreendido
ou formem tornados, furacões
de palavras e sentimentos
revirando emoções
revelando o escondido
Podem ainda tornarem-se
perfume, música
trazendo lembranças adormecidas
Ou estrelas reluzentes
que roubam da Terra olhares ausentes
e dão esperança aos que precisam de vida!

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Você

Minha calma e meu desespero
meu amor e companheiro
minha lágrima e sorriso
o anjo e o demônio de minha alma
meu refugo e desejo mais intenso
onde eu me encontro e me perco
minha dúvida e minha maior certeza
minha ausência mais presente
minha saudade constante
meu cheiro, abraço e beijo permanente
o que eu entendo sem entender
o olhar que não desvendo
aquilo que é parte de mim e externo
que delimita-se ao meu corpo e pensamento
e é infinito!
o que me provoca doação
sem pretensão de receber
e me faz egoísta ao só para mim te querer
Você!
Você me faz ser dúbia
desnuda-me da forma mais intensa e transparente
mostra-me o meu lado
mulher e menina
mostra-me aquilo que posso
e o que eu não posso fazer
Mostra-me que o amor é amar-se
e que amar é libertar-se e libertar
tarefa tão difícil...
Mostra-me que o amor é a melhor forma 

de no outro se conhecer.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Sentença


Sentada na sacada
solta um sorriso
sombrio e sóbrio
sorriso sem sol
sorriso sem sal
sorrateiro e simétrico
Singular
Simula-o sempre
O sagrado
sacramentado
outrora sol e sorriso
sombra e sentido
som e sossego
sentimento suave
sem mais some
Secretamente sofre
Sangra sem saberem
Semblante seguro
sequer se supõe 
sua singela sensibilidade
A sentatez submerge-a
Sem mais soluções
somente situa-se 
sobre sua sentença
Sobrevive à situação
O que era sonho é saudade
O que era sólido é solidão